⇒ DEZ FREGUESIAS
· Sé ou São Salvador
· Nossa Senhora da
Vitória
· Nossa Senhora da
Conceição da Praia
· Santo Antônio Além
do Carmo
· São Pedro Velho
· Santana do
Sacramento
· Santíssimo
Sacramento da Rua do Passo
· Nossa Senhora de
Brotas
· Santíssimo
Sacramento do Pilar, e
· Nossa Senhora da
Penha
A freguesia era constituída de muitas atividades, principalmente nas atividades religiosas, naturais a sua própria concepção. Estas atividades eram dirigidas pelos párocos, dentro das igrejas e suas dependências e espalhada pelas ruas através de procissões. Funções políticas eram também inerentes às freguesias, pois nos seus consistórios reuniam-se as comissões a fim de compor ou rever as listas de qualificação eleitoral. As próprias eleições primárias se realizavam na Igreja Matriz. As atividades econômicas estavam representadas pelo direito e dever que tinha o pároco de registrar em livros para isso destinados, as terras, fazendas, engenhos, sítios ou chácaras chamados “roças”, situadas nos limites da cidade, donde as freguesias serem urbanas e rurais. Eram os Registros Eclesiásticos de Terras. Foram encontradas informações de que também nas igrejas matrizes eram organizadas as listas para aqueles que deveriam compor as Companhias das Guardas Nacionais. Tinham funções sociais, pelas festas religiosas que ali se realizavam, congregando grande parte da população da cidade, representada por todas as suas categorias do mais pobre ao mais rico. As atividades das irmandades também de sentido social, concentravam-se nas matrizes das freguesias. Rara era aquela igreja matriz que não contasse uma ou mais irmandades, filiadas aos seus padroeiros. E, finalmente, até mesmo função preventiva em favor da saúde dos seus habitantes, exercia a freguesia, pois nelas muitas vezes se vacinavam os cidadãos contra a varíola.
⇒ O comércio na Cidade
Salvador era uma cidade comercial, desde os primeiros séculos da colonização. Nas freguesias da cidade Baixa existiam muitas lojas de fazendas, miudezas, ferragens, peças para embarcações, drogas. Armazéns de molhados, e os conhecidos cobertos eram lugares de muito comércio, especialmente de vendas de quinquilharias. Trapiches existiam para a mercancia de ir e vir. Recebiam os produtos da terra, destinados a exportação; açúcar, fumo, algodão, aguardente, couros, madeiras, piaçava, e os que se importavam , como os vinhos, os azeites, os vinagres, a farinha do reino, o bacalhau. A alfândega Geral ficava na freguesia da conceição da Praia, com todos os funcionários indispensáveis à inspeção das mercadorias. Ainda na mesma freguesia, o arsenal, a Ribeira das naus, com construtor de embarcações e oficinas necessárias: o estaleiro para a feitura das naus e fragatas, e um outro menor para as corvetas e brigues de guerra. A Praça do Comércio , dando para o mar, era edifício de respeitáveis dimensões e dos mais luxuosos da cidade, poder-se-ia nele encontrar uma sala para escrituração, a serviço dos negociantes. Recinto para leilões e, o armazém de arrecadação.
Na praça de São José , junto da igreja de Santa Barbara, havia feira do pescado, assim como no Cais Dourado estavam expostos à venda os frutos da terra, produtos de abastecimento trazidos através da baia.
No Pilar existia, existiam os armazéns para a arrecadação do açúcar e quatro prensas de algodão. Nessa freguesia estavam estabelecidos os maiores comerciantes em grosso da praça da cidade. Ali, na verdade se concentrava os graves e sólidos comerciantes Portugueses que haviam chegado ao Brasil, como imigrantes depois da independência, e aqui fizeram fortuna.Na calçada do Bonfim , quarteirão pertencente a mesma freguesia, residiam os mais ricos desses lusitanos.
Na Penha, existiam estaleiros para a construção de grandes embarcações ou de fragatas. No Sitio do Papagaio encontrava- se os alambiques para destilar a cachaça, e numerosos lugares onde se encontrava o pescado. No Porto do Bonfim havia uma fábrica de vidros, e nessa freguesia, durante o século XIX, instalaram-se algumas das primeiras fábricas de tecidos. Na Ribeira de Itapagipe, o povo podia atravessar em barca, de um lado para o outro, procurando a terra firme dos subúrbios, sendo animais também aceitos nesse precário meio de transporte.
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