segunda-feira, 19 de junho de 2017

Expandindo o Conhecimento: Fábrica de Tecidos de Santo Antônio do Queimado

Ao lado da Companhia de Águas, ficava a fábrica de tecidos de Santo Antônio do Queimado, montada em 1840, ou antes, e adquirida, em 1844, por Paulo Pereira Monteiro. Espinheira Junior era sócio de Monteiro.
A Lei Provincial n. 246 de 20 de maio de 1846 favorecia a indústria têxtil da Bahia, que se tornou o principal polo nacional do ramo. Essa Lei isentou, por dez anos, dos direitos provinciais, os produtos das fábricas de tecer e de fiar algodão, de Valença e do Queimado. Em 1849, esses benefícios foram estendidos às demais fábricas de tecidos da Bahia. A Fábrica de Valença era dirigida pelo engenheiro baiano Augusto Frederico de Lacerda, que posteriormente uniu-se ao seu irmão Antônio de Lacerda para construir o ousado Elevador.
Posteriormente, Monteiro contratou na França, o engenheiro civil francês José Revault, para a instalação das máquinas à vapor da fábrica de Sto. Antônio do Queimado. A fábrica operava anteriormente com um sistema hidráulico e passou a operar com um motor à vapor de 18 cavalos. Depois, Revault passou a dirigir a fábrica, que tinha 30 teares e fabricava 1.000 varas de tecido por dia.
Na 2ª Exposição Nacional de 1866, realizada no Rio de Janeiro, a fábrica de tecidos do Queimado recebeu medalha de prata.

Em 1857, o engenheiro Revault deixou a fábrica do Queimado para montar outra fábrica de tecidos, a Modelo, na Rua da Valla, da qual era sócio fundador e gerente. Em 1866, sua fábrica contava com 39 teares franceses, com capacidade para produzir 1.500 varas de tecido, por dia. Revault participou também da instalação dos chafarizes da Cidade, a partir de 1855, e da montagem do Monumento Riachuelo, em 1874.

Parte das antigas instalações do Queimado

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