Expandindo o Conhecimento: Fábrica de
Tecidos de Santo Antônio do Queimado
Ao
lado da Companhia de Águas, ficava a fábrica de tecidos de Santo Antônio do
Queimado, montada em 1840, ou antes, e adquirida, em 1844, por Paulo Pereira
Monteiro. Espinheira Junior era sócio de Monteiro.
A
Lei Provincial n. 246 de 20 de maio de 1846 favorecia a indústria têxtil da
Bahia, que se tornou o principal polo nacional do ramo. Essa Lei isentou, por
dez anos, dos direitos provinciais, os produtos das fábricas de tecer e de fiar
algodão, de Valença e do Queimado. Em 1849, esses benefícios foram estendidos
às demais fábricas de tecidos da Bahia. A Fábrica de Valença era dirigida pelo
engenheiro baiano Augusto Frederico de Lacerda, que posteriormente uniu-se ao
seu irmão Antônio de Lacerda para construir o ousado Elevador.
Posteriormente,
Monteiro contratou na França, o engenheiro civil francês José Revault, para a
instalação das máquinas à vapor da fábrica de Sto. Antônio do Queimado. A
fábrica operava anteriormente com um sistema hidráulico e passou a operar com
um motor à vapor de 18 cavalos. Depois, Revault passou a dirigir a fábrica, que
tinha 30 teares e fabricava 1.000 varas de tecido por dia.
Na
2ª Exposição Nacional de 1866, realizada no Rio de Janeiro, a fábrica de
tecidos do Queimado recebeu medalha de prata.
Em 1857, o engenheiro Revault deixou a fábrica do Queimado para montar outra fábrica de tecidos, a Modelo, na Rua da Valla, da qual era sócio fundador e gerente. Em 1866, sua fábrica contava com 39 teares franceses, com capacidade para produzir 1.500 varas de tecido, por dia. Revault participou também da instalação dos chafarizes da Cidade, a partir de 1855, e da montagem do Monumento Riachuelo, em 1874.
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Parte das antigas instalações do Queimado |
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